segunda-feira, 14 de julho de 2014

Leitura Recomendada "A História" da Corporação Zondervan

Li e recomendo o livro “A História” de autoria da Corporação Zondervan. Avalio o livro com nota 10, considerando-o excelente! Avaliação completa do antigo testamento e resumo abaixo:


Título: A História
Autor: The Zondervan Corporation
Tradutor: Fabiano Morais
Gênero: História de fatos bíblicos
Bibliografia: A História / The Zondervan Corporation; [tradução Fabiano Morais] – nd ed.– Rio de Janeiro/RJ: Sextante, 2012.
Resumo: No início Deus criou o céu e a terra, afastando as trevas e preservando a luz. Também criou a vida: plantas, animais e por fim, a criação feita a sua imagem e semelhança, o homem. Chamou-o Adão e o fez nomear as outras criaturas. O vendo só decidiu lhe dar uma companheira, criada com uma costela retirada e a chamou Eva. Deus os colocou no belo jardim do Éden e os advertiu de que não poderiam apenas comer de uma árvore, caso contrário, morreriam. Um dia sozinha Eva foi tentada por uma serpente, esta lhe disse que se comesse da árvore proibida se tornaria como Deus. Tentada ela comeu e deu a Adão. O fruto do conhecimento os fez perceberem-se nus e Deus notou o acontecido e irou-se. Expulsou os humanos do Éden, colocando querubins para protegê-lo. As mulheres a partir de então sofreriam durante o parto, a cobra se arrastaria para sempre e todos morreriam.
Adão e Eva tiveram dois filhos, Caim e Abel. Caim era um agricultor e Abel um pastor de ovelhas. Ambos demonstravam respeito por Deus e lhe ofereciam oferendas. O Senhor preferia os sacrifícios de Abel e isso despertou a inveja de Caim, que em um momento de fúria assassinou o irmão. A partir de então a descendência de Eva e Adão se espalhou pela terra, entretanto, o povo se afastou de Deus, cultuavam outros deuses e praticavam diversos crimes. Deus se arrependeu de ter criado o homem.
Arrependido de ter criado o ser humano, o Senhor decidiu exterminar o homem. Começaria tudo de novo, com a descendência do único ser que se manteve fiel a sua causa. Esse era Noé. Enviando um de seus anjos, Deus mandou Noé fazer uma enorme arca onde entraria com sua família, pois inundaria o mundo por quarenta dias. Noé também deveria colocar ali dentro um casal de cada espécie de animal terrestre e voador. Os animais veriam até ele por intermédio de Deus. A chuva caiu e os humanos foram exterminados. A descendência de Noé repovoou o mundo.
O diabo é um ser de origem desconhecida, até mesmo por Deus. Ele disse que se Jó fosse amaldiçoado pararia de louvar ao Senhor. Assim, Deus mata os filhos de Jó e destrói todos os seus pertences, depois lhe confere uma terrível doença. No entanto, Jó se mantém fiel ao Senhor provando que Satanás estava errado e Jó recupera dobrado tudo que tinha antes.
Abrão (nascido em 2766 a.C.) era um grande homem e Deus decidiu firmar com ele uma aliança. Prometeu-lhe uma terra perfeita e uma descendência numerosa. No entanto, Abrão era velho e sua esposa Sara estéril. Por intermédio do Senhor Sara passou a ser chamada Saara e engravidou. Abrão passou a ser Abraão e se tornou pai de Isaque. Um dia o Senhor resolveu testar a fé de Abraão e mandou um anjo ordenar que ele sacrificasse seu filho Isaque em holocausto (pelo fogo). Sem pensar duas vezes Abraão levou seu filho a um monte para ser sacrificado. Contudo, foi impedido no último instante por um anjo do Senhor que lhe rendeu graças. De Isaque nasceram Esaú e Jacó.
Isaque estava velho e enfermo e nomearia o seu primogênito e favorito Esaú como seu sucessor. Entretanto, a mãe preferia Jacó e se aproveitando da quase cegueira do marido disfarçou Jacó com as roupas de Esaú, e o levou na presença de Isaque recebendo a graça do pai para a ira do irmão. Assim, com medo, Jacó fugiu para longe. Apaixonou-se pela filha de um fazendeiro e trabalhou vinte anos para poder se casar com ela. Depois se sentindo um pouco culpado pelo irmão Esaú, mandou um servo contar ao irmão como e onde estava. Pouco depois teve a notícia de que seu irmão seguia para ele armado com um exército. Com medo Jacó rezou ao Senhor e mandou vários agrados ao irmão pelo caminho. Um anjo do Senhor atacou Jacó que o derrotou. O anjo louvou Jacó e lhe disse que a partir de então se chamaria Israel e a promessa do Senhor com Abraão foi confirmada para sua descendência. Quando Esaú chega ambos ficam amigos novamente.
Jacó teve doze filhos, mas claramente preferia José, fruto de Raquel, a mulher que verdadeiramente amava. Os outros filhos tiveram inveja e simularam a morte de José ao pai e o venderam como escravo. Levado para o Egito, José se mostrava cheio de bênçãos por onde quer que passasse, pois o Senhor estava com ele. Assim, ele subiu de posto e chegou a ministro do rei ao interpretar o sonho do faraó. Sete vacas magras devoravam sete vacas gordas. Significava que a região do Egito teria sete anos prósperos na produção de alimentos e depois sete anos de seca e fome. E dessa maneira aconteceu. Passando fome Jacó (Israel) mandou seus filhos, com exceção do outro filho de Raquel, pedirem comida ao Egito, que foi o único lugar que se preparara adequadamente para uma seca. Os irmãos se encontram com José e não o reconheceram, mas ele sim. Ele disse para os irmãos voltarem e trazerem o outro filho. O fazem e José arma um roubo para incriminar seu irmão. No entanto, é uma jogada para encher de graças seu parente também fruto de mesma mãe. José muda de ideia e manda chamar o pai e seus irmãos. Estes lhe imploram perdão ao notarem sua identidade. O ministro do faraó enche de graças sua família. Os israelitas aumentam seus números preocupando o povo egípcio e então, são escravizados. Da descendência de Jacó vem Moisés.
Moisés (nascido em 1526 a.C.) é um homem íntegro, porém receoso. Recebe a graça do senhor em uma salsa flamejante e a missão de libertar o povo do Egito.  Recua um pouco, mas decide negociar com o faraó para libertar seu povo. O faraó nega várias vezes e Deus manda as dez pragas do Egito. Somente na décima (morte de todos os primogênitos) o faraó decide libertá-los. Assim Moisés os conduz, abrindo o mar vermelho. Se arrependendo, o faraó manda seus exércitos atrás dos israelitas e Moisés fecha o mar vermelho destruindo o exército egípcio. Dessa maneira Israel vaga no deserto, na maioria das vezes reclamando a Deus pela falta de água e alimentos. O Senhor os fornece, todavia, não consegue aplacar as reclamações cada vez mais intensas. Deus passa a Moisés no monte os seus dez mandamentos. Moisés salva seu povo em muitos momentos ao conversar com Deus e convencê-lo de não exterminar o povo que salvara do Egito. Israel reclamava e algumas vezes buscavam criar deuses (imagens de bezerros, por exemplo) para si mesmos. Ao chegarem a Canaã, terra prometida por Deus, os israelitas não acreditam que Deus os ajudará a derrotar o exército da cidade. O Senhor irado condena o seu povo a vagar quarenta anos no deserto. Dessa geração somente Moisés e seu irmão Arão sobrevivem. Cansado de guiar o povo, que apesar de novo continua reclamando, Moisés se zanga com a pedra que daria água. Deus o aconselhou a bater levemente, mas ele não escuta e Deus se irrita com sua desobediência. Moisés é então banido de ver a terra prometida. Então Israel começa a conquistar novas cidades pela guerra, pois Deus está com eles. Moisés é levado antes deles assentarem seu local e Josué se torna o novo líder. Israel domina várias terras e se firma como uma nação.
Israel se afasta de Deus novamente, passando muitas vezes a cultuarem outros deuses. Nessa parte o Senhor nomeia juízes para governar seu povo, permitindo catástrofes quando se irava e bênçãos ao perdoar os israelitas orantes. Samuel é um sacerdote abençoado por Deus e tenta saber o porquê do povo ser tão rebelde contra o Senhor. O povo diz que quer um rei. Samuel se entristece, pois sabe que o único rei é o Senhor, mas Deus o consola dizendo que quem havia sido recusado era ele e que mandaria sim um rei. Desse jeito Saul se torna o primeiro rei de Israel. No entanto, ele desobedece Deus e este manda Samuel abençoar um menino chamado Davi. Israel é então atacada por povos vizinhos, onde um grande homem (três metros de altura) chamado Golias desafia o povo. Davi, um pastor, pedi autorização ao rei para enfrenta-lo, dizendo ser apto por já ter defendido suas ovelhas de ursos e leões. O rei Saul autoriza e Davi mata Golias com um lançador de pedras, acertando-o na cabeça. Saul teme o aumento da fama de Davi e ordena sua morte. Davi foge então para o deserto e tem a chance de matar Saul, quando este entra para realizar suas necessidades numa caverna onde o pastor se encontra escondido. Davi poupa sua vida, mas nem por isso é deixado de ser perseguido. Saul acaba morrendo em guerra com todos os seus filhos, com exceção de uma filha que se casa com Davi, tornando-se o novo rei de Israel.
O rei Davi (1010 – 970 a.C.) amava muito a Deus e escreveu diversos salmos louvando ao Senhor. Vencia todas as batalhas que entrava e fez de Jerusalém sua capital, porém, cometeu um terrível erro. Apaixonou-se e engravidou a mulher de um de seus soldados. E ainda mais, tramou a morte dele para casar-se com ela. Deus irou-se e mandou uma doença para a o bebê. Davi pediu perdão ficando sem comer vários dias, mas Deus não poupou a vida da criança, apenas manteve o trono nas mãos da descendência de Davi. Deus agora queria um templo em sua homenagem, mas Davi não o iria fazê-lo por causa do sangue em suas mãos e sim, Salomão, o filho de Davi. O pai preparou vários materiais para deixar o filho encaminhado e ao morrer, Salomão se tornou o novo rei.
O rei Salomão era conhecido por sua sabedoria. Deus prometeu que em seu reinado não haveria guerras e assim se fez. Certa vez duas mulheres foram trazidas ao rei. Ambas reclamavam serem mães de uma criança recém-nascida. Salomão ordenou que a criança fosse cortada ao meio. Uma das mulheres não se importou, mas a outra implorou que a ordem fosse cancelada e que a criança fosse entregue a primeira. Assim Salomão percebeu que esta era verdadeira mãe por amar seu bebê. Salomão construiu um enorme e belo templo para o Senhor. Realizou ali diversos holocaustos para Deus, alegrando-o grandemente. Apesar de sábio, Salomão teve mil esposas e acabou se afastando da lei do Senhor, ao se casar com estrangeiras e louvar falsos deuses baals. Deus irou-se e disse que a descendência de Davi não mais ficaria no trono de Israel. Somente manteria Salomão por respeito ao seu pai e lhe daria um pedaço do reino.
Muitos outros reis não tão importantes surgiram, entretanto, o povo de Israel apenas se afundava no culto aos outros deuses para a ira de Deus. A descendência de Davi passou a governar Judá que tinha Jerusalém como sua capital (o pedaço prometido por Deus que se separou de Israel). Judá se mantinha fiel a Deus e este até mandou um anjo para protegê-la de ataques inimigos, entretanto, com o passar dos anos também foi se entregando ao culto dos baals. Foi então que Deus atingiu um máximo de ira e permitiu que Israel e Judá fossem dominadas. O povo costumava rezar e mudar a opinião de Deus, contudo, dessa vez não foi possível. Babilônia, sob o reinado de Nabucodonosor, dominou e escravizou os judeus, destruíram o templo sagrado de Salomão e profanaram suas valiosas relíquias.
Nabucodonosor mandou que escolhessem três escravos que seriam treinados para servirem na corte. Entre eles estava Daniel e o Senhor estava com ele. Muito sábio conseguiu interpretar o sonho do rei e se tornou importante. Entretanto, Babilônia cultuava falsos deuses. Nabucodonosor mandou fazer ídolos gigantes de ouro e ordenou que todos se curvassem a eles. As pessoas denunciaram que os judeus amigos de Daniel não se curvavam e Nabucodonosor os condenou a incineração na caldeira. Contudo, Deus enviou um anjo para salvá-los e o rei da Babilônia reconheceu Deus e lhe prestou respeito. Depois Daniel serviu a outros reis. Baltazar era um rei mesquinho que resolveu zombar do Deus de Daniel usando e desonrando as pratarias do antigo templo de Salomão. Dessa maneira o Senhor irou-se e Babilônia caiu sob o domínio do império persa. O rei persa manteve Daniel em alto nível e seu sucesso incomodava os outros nobres que resolveram ataca-lo por sua fé. Sugeriram ao rei que fosse proibido rezar por um mês e Daniel foi flagrado orando a Deus. Denunciado, mesmo com dor no coração, o rei da Persa jogou Daniel na cova dos Leões. No entanto, os felinos se tornaram mansos por toda a noite e o rei reconheceu Deus e jogou os delatores nobres juntamente com suas famílias na cova dos leões. Estes foram devorados. O Senhor se alegrou um pouco e prometeu que em 70 anos o povo judeu voltaria para sua terra. E se fez, depois desse período o rei persa autorizou a libertação dos judeus e retorno a Jerusalém. Ao voltarem, reconstruíram o templo de Salomão, mesmo que este não fosse tão grandioso quanto o anterior. Alguns judeus decidiram continuar no alto império Persa.
Depois de gerações, Xerxes era o rei persa. Zangou-se pela desobediência de sua esposa e foi aconselhado a procurar uma nova. Ester era uma judia que escondeu sua origem e vivia no império. Xerxes se apaixonou por ela e a fez rainha. Hamã era um nobre do império que morria de raiva do judeu Mardoqueu, uma vez que este não se curvava aos deuses persas. Assim, decidiu exterminar os judeus. Contou a Xerxes da existência da província de Jerusalém onde o povo não respeitava a cultura persa e o rei autorizou Hamã a fazer com eles o que bem quisesse. Uma ordem de execução foi marcada para todos os judeus. Ao saber disso Mardoqueu rasgou suas roupas e começou a viver como mendigo. Ester, sua sobrinha, ficou sabendo e mandou um mensageiro descobrir o que acontecera. Ficou em conhecimento do plano de Hamã para exterminar os judeus e se sentiu muito triste, prometendo ajudar. Hamã ficou feliz ao ser convidado para um jantar na presença do rei Xerxes e da rainha Ester. Sua esposa o aconselhou a fazer uma forca para Mardoqueu, e pedir de manhã que ele fosse executado para ir à noite mais alegre para o jantar. Entretanto, em outro episódio Mardoqueu ficara sabendo de um plano para executar Xerxes e por contar, salvou a vida do rei. Xerxes decidiu pedir a Hamã para desfilar com Mardoqueu pela cidade como um herói e se sentiu humilhado. Ao chegar a hora do jantar, Ester abre o jogo com Xerxes contando ser judia e pedindo a ele pela não execução de seu povo, esta decretada por Hamã. Xerxes irou-se e ordenou que Hamã fosse enforcado na própria forca que criou para assassinar Mardoqueu. Os judeus foram salvos pela rainha.
Os anos passam até chegar ao reinado persa de Astarxerxes. O profeta Esdras foi enviado a Jerusalém para ver como os judeus se encontravam. Achou um povo disperso e deprimido, que chegavam até a cultuar outros deuses. Ficou triste e retornou ao império relatando o que vira. O copeiro do rei, Neemias, se sensibilizou e partiu em direção a Jerusalém com a ordem real de reconstruir os muros da cidade sagrada. Apesar dos países vizinhos tentarem impedir, os muros foram erguidos. Entretanto, mesmo assim Deus não se alegrou, pois o povo não lhe prestava respeito adequadamente. Sacrificavam animais doentes ao invés de sadios e o desagradavam. Não houve mais nenhum profeta ou fato tão significativo por 400 anos. Após, veio a anunciação do anjo Gabriel a Maria.

Opinião sobre o livro: Esta é a primeira parte do livro que trata do Velho Testamento. Achei excelente, visa as partes importantes da Bíblia contando uma história interessante e coerente. É extremamente recomendado para quem deseja conhecer a essência da Bíblia.


Avaliação Final: Nota 10 (Excelente)

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Leitura Recomendada 07/01/2014: "A Batalha do Apocalipse" de Eduardo Spohr

Li e recomendo o livro do autor brasileiro de literatura fantástica, Eduardo Spohr. Avalio seu livro, “A Batalha do Apocalipse” com nota 9, considerando-o ótimo! Avaliação completa e resumo abaixo:



Título: A Batalha do Apocalipse: Da queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo
Autor: Eduardo Spohr
Tradutor: Nacional
Gênero: Ficção Fantástica Brasileira
Bibliografia: A Batalha do Apocalipse: da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo / Eduardo Spohr; [sem tradução] – 44ª ed.– Campinas/SP: Verus, 2013.
Resumo: No início do universo existiam deuses das trevas e Yahweh, o deus da luz. Yahweh criou então os arcanjos e entrou em disputa contra os deuses das trevas, vencendo-os. Depois sozinho no universo criou os outros anjos e por fim a existência humana em 6 eras denominadas simbolicamente por dias. Quando começou a última era, chamada 7º dia, Deus entrou em sono profundo e permanece até os dias atuais, sendo que quando ele acordar acontecerá o Apocalipse. Durante o seu descanso, quem fica no comando é o Arcanjo Miguel. Entretanto, Miguel é um líder tirano e invejoso aos humanos, uma vez que Deus forneceu o livre-arbítrio e alma para eles, e para os anjos não. Sendo assim, o chamado príncipe dos anjos em vários momentos do passado tentou destruir completamente a raça humana, como por exemplo, durante o dilúvio onde somente se salva Noé e sua família.
Nesse governar tirânico de Miguel houve duas revoltas. A primeira por anjos que não aceitavam mais os massacres ordenados contra a raça humana. Esses anjos foram derrotados e condenados a vagar pela terra até o fim dos dias. O líder desses renegados se chama Ablon e eles foram traídos pelo arcanjo Lúcifer. A segunda revolta foi por Lúcifer que almejava destronar Miguel e assumir sua posição, ele escondeu suas reais intenções por detrás de palavras que diziam querer salvar os humanos da tirania de seu irmão. Derrotado o Diabo foi mandado para o Sheol, inferno, com os anjos que o auxiliaram em sua rebelião.
Aí realmente começa a história. Ablon é o personagem principal, loiro e forte, general das tropas de anjos renegados que foram banidas do céu. O tempo presente é alguns anos na frente do nosso, não revelado, o protagonista é o único renegado que sobrou. Durante o livro somos convidados a conhecer a trajetória de Ablon até os dias atuais. Como na época da Babilônia em que enfrentou o rei Nimrod pelo assassínio da renegada Ishtar e destruiu a Torre de Babel. Ablon conhece a feiticeira Shamira, a salva do monarca e seu mago.
Outro momento é Ablon na China, que é convidado por um ofanin chamado Nathanael a viajar a Jerusalém para proteger o Salvador que irá nascer. Durante a viagem Ablon é envenenado por deuses pequenos do Oriente a mando do mago da época da Babilônia. Assim o general descobre que ele está matando e roubando os conhecimentos de vários mestres da magia. Temendo pela vida de sua amiga Shamira, que ainda sobrevive nesses dias, pois absorve a energia de entidades ruins do plano espiritual, Ablon parte para Roma para salvar a feiticeira de En-Dor. Depois de muitas aventuras, até mesmo lutar conta Anjas enviadas de Miguel, Ablon encontra a feiticeira. No entanto ele está muito debilitado e Shamira consegue se defender bem, derrotando Zamir, o mago ruim, com os espíritos de suas vítimas do passado que construíram a Torre de Babel. Ablon dorme por trinta anos para conseguir se recuperar do efeito do veneno em seu corpo. Quando acorda parte para Jerusalém e descobre que o Salvador está sendo morto. Decide ajudar como missão que outrora aceitara, porém, acaba impelido pelo Arcanjo Gabriel. No embate, o general é derrotado.
O último flashback mostra o general na Inglaterra medieval, onde ele procura por Shamira, para que ela o envie ao inferno, uma vez que um colega renegado foi capturado pelo seu rival demônio, Apollyon. Encontrando a feiticeira de En-Dor que vive numa floresta com o povo das fadas, Ablon parte para o Sheol. Quando chega lá entra em combate diretamente com Lúcifer e acaba derrotado. Não consegue salvar a vida de seu amigo renegado e se torna prisioneiro, sendo torturado por 200 anos. Consegue fugir no dia de sua execução pela ajuda do amigo, antigo rei da Atlântida e atual duque do inferno, Orion e da rainha das Sucubbus, Lilith.
Voltando a história realmente, Ablon é procurado por Orion e ele lhe diz que Lúcifer deseja sua presença no inferno para propor uma aliança, já que recentemente os sinais do Apocalipse começaram a acontecer. Esses sinais no plano material se referem a tensões que estão ocorrendo entre dois grupos de países que irão dar início a uma guerra mundial. Ablon decide ir ao inferno, todavia, procura primeiro Shamira e com ela em um ritual consegue duas runas em seus braços. Uma capaz de ressuscitá-lo uma vez caso morra, e outra capaz de conservar sua mente de algum controle que possa sofrer. No inferno nada acontece que o faça lutar, Lúcifer lhe oferece aliança, mas o renegado nega por não confiar no Diabo, uma vez que já fora traído por ele. O arcanjo negro, mesmo assim, o entrega uma chave que liga o inferno a torre de Sion, morada do tirano Miguel.
Ablon volta e percebe que Shamira foi raptada a mando do tirânico. O general não consegue evitar e a única coisa que consegue fazer é observar o misterioso anjo de asas negras que sequestra sua amiga. Esse mesmo anjo havia derrotado sua companheira renegada no passado, Ishtar.
Quando o príncipe dos anjos ordenou que o Salvador fosse morto, o Arcanjo Gabriel se revoltou contra o irmão e se isolou em uma determinada área. Lá ele começou a treinar anjos que não mais aguentavam a tirania de Miguel. Com a ideia de recrutar Ablon para liderar suas tropas contra o irmão, o arcanjo mensageiro envia dois anjos, o ishin Aziel, a Chama Sagrada e a serafim Sieme, a Mestre da Mente. Eles encontram Ablon e partem para Jerusalém, no monte Sinai, lugar que existe uma passagem possível para o general renegado entrar no plano espiritual com seu corpo físico.
O renegado chega ao plano etéreo e encontra Gabriel. O arcanjo mensageiro revela ser o verdadeiro pai do Salvador, ele também possui um enorme exército e entrega a Ablon sua espada, a Flagelo de Fogo. Depois Gabriel também revela que Yahweh nunca estivera dormindo, na verdade ele dissipou a essência ao cosmo para que pudesse ficar sempre próximo de sua criação humana. Passando a liderança dos novos anjos renegados a Ablon, Gabriel dissipa sua essência como Deus também fizera no começo dos tempos.
A batalha do apocalipse começa. Antes ela fora anunciada pelo soar de sete trombetas, sendo que a última somente soará quando a guerra acabar. No plano físico cada toque do instrumento celestial é uma investida de países para o início da guerra nuclear. Os anjos de Ablon enfrentam os anjos de Miguel, o general renegado se infiltra na Fortaleza de Sion.
Ablon encontra Miguel e começa o grande duelo, no entanto, o príncipe dos anjos é muito superior ao renegado. Por fim, Ablon consegue com seu ataque especial, a Ira de Deus, acertar Miguel e derrubá-lo. Mas o general prefere salvar Shamira a executá-lo. Entretanto a feiticeira que está no salão onde eles lutam é falsa, e num momento desprevenido Ablon é ferido gravemente no pescoço por Lúcifer disfarçado e acaba morrendo. Nesse momento se revela que Miguel e Lúcifer sempre estiveram combinados e pretendem se tornar deuses depois do fim do mundo. Tropas do inferno se deslocam do inferno para auxiliar o tirano contra os renegados.
Lúcifer se encontra fraco por ter dado sua energia aos barqueiros do rio Styx para que trouxessem suas tropas do Sheol. Mesmo assim o arcanjo negro decide ajudar na guerra quando seus demônios chegam.
Ablon volta vida por causa da runa de Shamira. Ele retorna muito mais poderoso, com o poder de um arcanjo e derrota por fim, Miguel. Lúcifer enfraquecido é vencido por Aziel e seu mestre Samael. A guerra está para o lado dos renegados que mesmo em menor número, conseguem manter a organização e coragem contras as tropas combinadas de anjos e demônios de Lúcifer e Miguel.
O general renegado vai salvar Shamira e é atacado pelo anjo negro que se revela Apollyon, seu grande rival. Os dois entram em embate. Aziel se prepara para incendiar a torre de Sion. Apollyon possui em seu poder uma espada dos deuses das trevas e a luta fica acirrada até que aos poucos Ablon consegue se sobressair. Vendo que não conseguirá vencer, o anjo negro agarra Ablon e ativa sua mais poderosa técnica com a intenção de explodir em chamas junto com o rival. O general é salvo por Orion que leva seu inimigo preste a explodir para o céu. Apollyon se prepara para atacar o antigo rei de Atlântida, mas estranhamente se vê sem forças para isso. Isso ocorreu por que Shamira encontrou uma pena negra e fez um feitiço de enfraquecimento contra o anjo, mesmo que essa magia não consiga parar a explosão ativada.
Aziel salva Shamira. Apollyon explode destruindo tudo, o plano material se junta ao espiritual e tudo o que sobra são cinzas e destruição. A feiticeira de En-Dor não resiste e morre na explosão, sendo que os únicos sobreviventes são Ablon, Aziel, Samael e Nathanael. Os novos deuses, ordenados por Ablon, decidem voltar o artefato celestial Roda do Tempo e assim mudar o Armagedon. A mente do general renegado é preservada do esquecimento por causa da última runa de Shamira.
O livro termina com Ablon viajando com um carro de luxo junto com Shamira em Portugal. O anjo para e joga fora o Livro da Vida, que mostra os desejos de cada pessoa para o futuro, no mar. Depois juntos, os amantes se vão.

Opinião sobre o livro: Esse livro é demais! Não tem como não perceber a intensa pesquisa histórica realizada por Eduardo Spohr, que é realmente um grande escritor. A jornada de Ablon é envolvente e faz com que o leitor, a cada página, se sinta com uma extrema vontade de continuar lendo. Tudo é muito emocionante, as batalhas, as explicações e o desenrolar dos fatos.
Os pontos negativos são os seguintes. Um que se refere ao fato de Gabriel ser o verdadeiro pai do Salvador, que hora nenhuma é citado como Jesus, isso com certeza deve ter irritado muitos fanáticos religiosos. Apesar de que esse tipo de pessoa nem deve pegar no livro. Mas esse detalhe é bem irrelevante, eu achei bem legal.
Agora um ponto que não gostei foi a questão do livre arbítrio. Tudo bem entender que os anjos não possuem alma, mas em muitas partes Ablon toma decisões que não se referem a uma programação única. Sendo que, se não existisse livre-arbítrio para os anjos, não existiriam os renegados, uma vez que eles, no início, receberam ordens para obedecerem a Miguel. Achei que ficou confusa essa ideia.
Uma última ressalva é o final aberto. Entendo a lógica dessa artimanha e li a justificativa do Eduardo. Entretanto, eu não concordo... Por que eu queria saber o final da cabeça dele.
Nos demais é isso. Os pontos negativos são muito irrelevantes a grandiosidade desse livro que recomendo extremamente. Todos devem ler e prestigiar este ótimo escritor que é Eduardo Spohr, grande referência nacional.


Avaliação Final: Nota 9 (Ótimo)